Diferentes Formas de Manifestação

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Kardec sempre abordou em O Livro dos Espíritos as Naturezas das Manifestações. Elas podem ser:

Manifestações Frívolas – que emanam de Espíritos levianos, zombeteiros, travessos, maliciosos. São pensamentos que não adicionam nada;

Manifestações Grosseiras – que emanam de Espíritos inferiores para chocar as pessoas. São bem complicadas. Justamente por isso as reuniões não são feitas abertas ao publico;

Manifestações Sérias – não necessariamente são sábias, por não ser um Espírito de maior evolução, mas são sérias pelo assunto importante ao parente, um familiar, um amigo. Trivialidade, às vezes;

Manifestações Sábias, que emanam de Espíritos superiores. São comunicações que  acrescentam algum tipo de ensinamento.

Kardec dizia que cabe a cada um de nós, com estudo, poder identificar, analisar e julgar a manifestação. Importante lembrar que, no nosso entendimento,  não devemos reprimir qualquer tipo de manifestação seja de qual natureza for, pois sempre há um propósito.

Destacamos que Kardec disse: “se é preciso experiência para julgar os homens, mais ainda para julgar os Espíritos”.

Vemos que as comunicações grosseiras são comuns, principalmente, para quem está começando o estudo mediúnico. Em reuniões, é comum o Espírito manifestante usar de xingamentos, falar coisas complicadas, pensamentos baixos, pensamentos maliciosos, sexuais, etc. Há de se ter certa maturidade do grupo, pois pode ter conteúdo bem “pesado”, tanto psicofonico quanto escrito. Muitas vezes o médium fica confuso ao pensar  que o problema é com ele, por ele ter trazido aquela manifestação grosseira. Ele está em treinamento mediúnico então “a sua casa” ainda está aberta para todo tipo de manifestação. É comum  aparecerem espíritos grosseiros. Ele está lá, mas um médium educado sabe diferenciar. O que muda teoricamente é a intenção. Isso tudo exige muita disciplina e treino.

O maior medo do grupo mediúnico é a mistificação. Muitos dos Espíritos se apresentam disfarçados, com palavras bonitas, linguagem evangelizada, etc. para atrair a confiança do médium, mas na realidade são Espíritos apresentando teorias ilógicas, sem fundamentos, prejudiciais às pessoas. O conteúdo é impressionante, aparentemente elevado e bonito. O médium fica fascinado nessa manifestação falsa e muitas vezes, por vaidade e orgulho, fica cego aos sinais. É o que mais tira o médium da seara do bem. Há de se ter discernimento para perceber que não é uma mensagem séria, muito menos sábia – e um dos maiores indícios disso é quando o Espírito se apresenta de forma pomposa ou com grandes nomes históricos. O médium ou o evocador que tenha se empenhado no estudo principalmente do Livro dos Espíritos e o Livro dos Médiuns, contudo, mais facilmente consegue fazer essa distinção.

Quando o grupo mediúnico detecta esse tipo de manifestação grosseira,  devem  se ter muita habilidade para conversar com o médium fascinado, pois há o perigo do médium deixar o grupo. Muitos médiuns se “doem” por acreditar em mensagens desse tipo, deixando-se levar. O médium tem que entender que ele é apenas intermediário, e aceitar o entendimento dos outros membros daquela grupo. Tudo é um aprendizado.

Normalmente,  na conversa após a reunião mediúnica, o médium, humildemente,  deve perguntar como foi sua comunicação, como ele pode melhorar para servir a espiritualidade, ser  melhor entendido, etc. É muito importante que a casa ou o grupo espírita, já que houve o interesse dela se formar com aquele grupo,  busque constantemente cultivar a EVANGELIZAÇÃO de cada um de seus membros, posto que o médium, quando mais buscar sua reforma íntima, menos se deixará aberto por suas imperfeições.

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