Não falamos ao Movimento Espírita
Terminei um dos últimos artigos falando a respeito do Movimento Espírita, apegado aos erros que foram lenta e continuamente sendo admitidos no meio dele, apagando, lentamente, o conhecimento doutrinário ora adquirido pelos estudos de Kardec.
Erros? Ah, vários. As ideias de lugares na erraticidade; a ideia da reencarnação como pagamento de dívidas; a proibição de conversar com os Espíritos fora do centro espírita; a aceitação cega de comunicações isoladas, sem passar pelo crivo da ciência já adquirida e da razão; a igrejização dos centros espíritas, que passaram a adotar rituais e fórmulas, enfim, uma série de contrariedades àquilo que já havia sido estabelecido pelo estudo científico do Espiritismo.
E quem sou eu para apontar tais erros? Bem, sou um mero estudante da Doutrina que, depois de ter contato com uma série de fatos históricos e mergulhar no estudo da Revista Espírita, encontrou tanta disparidade. Mas, dizia eu, não é ao Movimento Espírita, resistente ao desapego das ideias fixadas por anos, às vezes décadas, de leituras de romances espíritas, sem passar, antes, pelo estudo da Doutrina Espírita. Também não àqueles que, em sua simplicidade, estão muito tranquilos em se dizerem adeptos da Doutrina, mas que dela não fazem estudos, nem tampouco se dedicam a divulgá-la. Não.
Tal como na época de Kardec, com as diferenças resguardadas, nós nos direcionamos aos estudiosos, pesquisadores e cientistas de boa-fé (e não de fé cega) que se interessem em conhecer aquilo que lhes é desconhecido. São esses que vão buscar entender e que, quando houverem entendido, espalharão as ideias que nasceram com Mesmer e com o Espiritualismo Racional e que encontraram pleno desenvolvimento com o Espiritismo. São esses que terão os olhos brilhando e, quem sabe, terminem emocionados como nós outros, ao constatarem no Espiritismo uma vasta profundidade de conhecimentos filosóficos, metafísicos, científicos e morais. O matemático, o físico, o químico, enfim, todos aqueles, de bom-senso, verão, maravilhados, a extensão da doutrina formada pelos estudos de Kardec, cuja figura ascenderá às mais elevadas condições de destaque entre os nomes que mudaram o mundo…
Estamos aqui, enfim, ansiosos e esperançosos pelo desenrolar dos últimos estudos, das últimas pesquisas. Enquanto não temos acesso aos conteúdos das últimas pesquisas que valiosos companheiros estão realizando, nos resta falar do que sabemos, do que entendemos até aqui, produzindo algo que, esperamos, seja útil amanhã, quando a Ciência começar a deixar o dogma e retomar a metafísica racional, o espiritualismo racional, mas, desta vez, com um enorme lastro de conhecimentos que tocam em todas as áreas do conhecimento humano, com seus já conhecidos aspectos filosóficos e morais.
Estamos muito contentes pelo caminho que se abre à nossa frente. E esperamos que você, sentido-se contagiado, também esteja. O Espiritismo voltará à sua condição de ciência, afastado do misticismo e do dogma. Quanto aos resistentes e aos dissidentes, o tempo encarregará de mostrar onde está a verdade, com a diferença que, quando a Ciência admitir o Espiritismo, isso, desta vez, será definitivo, e mudará o mundo.
Prezado leitor: se você sentir-se compelido, participe dos estudos, mas também ajude na divulgação do que já temos em mãos. São conhecimentos que tocam em todas as áreas e que poderão contar com a familiaridade de cada um. Vídeos são bons, mas não bastam, porque ainda não são pesquisáveis, isto é, aquilo que se trata em um vídeo, falando, não está acessível às ferramentas de busca. O texto está.
Esperamos você.